Após quase dois meses de preparação para o Campeonato Paraibano, o Treze encerrou sua pré-temporada com a melhor de suas exibições – em questão de conjunto - até então. Isso é explicado pelo fato do tempo ter contemplado o Galo com entrosamento e condicionamento físico já próximo dos ideais.
Apesar da melhora, ainda há muito a ser organizado, sobretudo no sistema defensivo. O primeiro passo para uma melhoria de pelo menos 50% é a troca de Anderson – que atravessa uma fase terrível - por Ranieri.
Depois, os erros táticos é que devem ser levados em consideração. A começar por ceder cobertura à fraca marcação nas laterais, principalmente por parte de Paulinho Potyguar, que é mau na defesa e costuma levar muitas bolas nas costas. Pior que, como o meio-campo só dispõe de 2 homens de marcação – já que nenhum dos meias ajuda significativamente na defesa – o miolo alvinegro sempre ficará com pouco material humano para bloquear as jogadas adversárias.
Se Vilar não conseguir trabalhar individualmente com Laércio, para que este ajude na marcação, fazendo uma linha de 3 homens à frente da zaga, quando o adversário estiver com a posse, a única saída é optar pela entrada de um volante pegador no lugar de um dos meias, já que não dá para abrir mão de nenhum dos dois médios-volantes titulares. Do jeito que está, a conseqüência será tomar gols totalmente bobos e inesperados, como os sofridos contra o América e Confiança, no PV.
Abaixo, as notas de cada jogador participante do jogo contra o Confiança
Marcello Galvão – 4,5 – Apesar de praticar pelo menos duas grandes defesas, falhou nos dois gols do adversário, saindo muito mal no 1º gol – quando o certo seria aguardar o adversário dominar para poder ir em cima – e deixando passar bola totalmente defensável no 2º. Deficiência extremamente preocupante nas saídas de bola, fruto dos 7 meses sem atividade, antes de vir para o Treze.
Ferreira – 7,5 – Fez um golaço, abrindo o placar no PV, e cruzou para Warley marcar o 2º do time.
Paulinho Potyguar – 4,5 – Numa exibição fraca, pouco fez no ataque e cansou de levar bolas nas costas na defesa. Certamente será uma das peças que dará “trabalho” ao setor defensivo do próprio time, precisando sempre de cobertura de um dos volantes. A opção no banco, Celico, tem as mesmas características, mas marca um pouco melhor.
Anderson – 3,5 – Posicionou-se muito mal, marcando o atacante com negligência – sem atenção na movimentação do adversário. Fez isso no 1º gol sofrido, onde teve culpa no cartório.
André Lima – 6,0 – Pouco falha, apesar de mostrar deficiências no passe e no jogo aéreo. Entretanto, dificilmente é driblado e faz marcação homem a homem com maestria. Com Anderson em má fase, merece a titularidade.
Thiago Almeida – 7,0 – Joga duro e não dá mole pro adversário. Apesar da força física, jogou muito bem com o pé, sendo o maior responsável pelo sucesso da saída de jogo do time, fintando o adversário para limpar a jogada e distribuir o jogo. Os pontos negativos ficam por parte do grande número de faltas cometidas – em virtude, principalmente, da fraca arbitragem – e de uma certa timidez no fim do jogo, causado pelo ainda não ideal preparo físico.
Márcio Pinho – 7,0 – Tem habilidade de sobra para distribuir o jogo muito bem e comandar uma saída de bola junto com Thiago Almeida. Além disso, mostrou força física, boa marcação e apoio ao ataque.
Laércio – 6,0 – Dividiu-se entre o 1º e 2º tempo, onde foi importante na troca de passes do time e fez boas jogadas até os 45 minutos iniciais, porém apagou-se e até foi expulso na 2ª metade do jogo.
Júlio César Zabotto – 7,5 – Enfim, o jogador que brilhou no Red Bull-SP exibiu um bom futebol, sendo o principal cérebro do meio-de-campo trezeano. Foi dele um corta-luz excepcional que resultou no gol de Ferreira, no 1º tempo, e o cruzamento para o gol de Cléo, no 2º.
Cléo – 7,5 – Pouco foi desarmado e novamente infernizando a defesa adversária com sua velocidade. Também foi mais um destaque na troca de passes do setor ofensivo e terminou o dia fazendo o gol da vitória do Galo.
Warley – 7,0 – Apresentou bom passe e bom cabeceio. Marcou o 2º gol do Treze no jogo.
Tigrão – sem nota.
Celico – sem nota.
Ranieri – sem nota.
Weverson – sem nota.
Piva – 4,0 – Entrou e foi protagonista de lances bizarros e erros de passe.
Alberto – 5,0 – Apesar de pouco tempo em campo, demonstrou vigor físico, determinação e boa movimentação. Deu tempo para quase marcar o seu gol, após cabeceio, o que mostrou presença de área.
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